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Não basta ser bom, você precisa ser notado

Certo dia, quando eu ainda era estagiária, meu chefe me chamou e falou “Débora, hoje você vai a uma reunião comigo e vai apresentar para os outros diretores todo esse material que você acabou de me mostrar”.


Minha cara de pânico me denunciou e ele continuou “Você fez um excelente trabalho e outras pessoas precisam saber quem foi o autor, pois se algum dia eu sair, você terá um histórico aqui dentro. Não basta ser, tem que aparecer”.


Estas palavras me marcaram.


Nesta época eu era uma researcher ou pesquisadora, mas eu gostava de contar para meus amigos que eu era a “Sherlock Holmes do recrutamento”.

- Sherlock Holmes do Recrutamento? – indagavam eles.

- Sim, vamos supor que uma empresa sul coreana de telefonia está chegando ao Brasil e precisam contratar um CIO (Chief Information Officer), que será o responsável por toda a infraestrutura aqui. Então eles contratam minha empresa de recrutamento e meu chefe pede para eu achar alguém no mercado que entenda de implantação, de startup, de billing (sistema de cobrança de tarifas de planos e de serviços) e que fale coreano. Ah, e ele ainda tem um sócio italiano, logo ele também tem que falar italiano. A partir dessas especificações, eu começava minhas buscas.

- Como você os acha? – Meus amigos me perguntavam.

- Tenho minhas fontes. – Eu respondia.


O que quero dizer é que quando eu era researcher e isso aconteceu, na teoria, eu era apenas uma estagiária com 8 meses de experiência profissional, trabalhava 6 horas por dia e poderia ser considerada apenas uma recém pesquisadora, mas esses rótulos não importavam pra mim, meu cargo não fazia diferença.


Eu falava sobre a minha profissão com brilho nos olhos, eu via valor naquilo que eu fazia e, por eu ver, as pessoas também viam. Na minha cabeça eu era a detetive de pessoas, eu era o “Tinder do recrutamento”, eu era uma peça fundamental no sucesso, ou não, daquela empresa.


Por isso hoje, como headhunter, costumo dizer aos meus candidatos “se você não valoriza a sua própria função porque eu ou a empresa que você está concorrendo a uma vaga deve valorizar?”. Quando nós passamos a estimar os nossos feitos, as nossas tarefas e nossas atribuições, automaticamente as pessoas passam a fazer a mesma coisa, mas cuidado existe uma linha tênue entre saber se valorizar e ser arrogante.


Depois de tudo isso você deve estar se perguntando: Mas afinal, como eu posso ser notado sem parecer exibido?


1º ) Você precisa ter e demonstrar energia.

Vá com tudo em uma entrevista de emprego, se empolgue, demonstre brilho nos olhos! Você pode contar uma mesma coisa de duas formas: com uma cara feliz e contagiante ou com uma cara de desdém e morte, e acredite, os resultados dependerão da sua escolha.


2º) Você precisa se comunicar bem.

Um dia me ensinaram uma fórmula de comunicação verbal e não-verbal muito simples e que fez todo sentido para mim: Se o conteúdo que você apresentar estiver certo e a sua entonação estiver errada, então você está errado. Se a sua entonação estiver certa e o seu conteúdo errado, você continuará estando errado, ou seja, forma e conteúdo precisam ter sinergia sempre.

A forma de se comunicar é algo muito importante para dar ao seu receptor a impressão correta do que você está querendo dizer.


3º) Novamente, se valorize!

Deixe claro para quem está te entrevistando o quanto você pode fazer a diferença em uma determinada equipe, mas mais importante do que isso, acredite em você antes de todo mundo e deixe que a sua voz e suas ações denunciem o quão bom você é.


Portanto, recebeu uma oportunidade de uma entrevista de emprego? Bota um grande sorriso na cara, ponha energia na sua voz e faça brilhar seus olhos e os olhos de quem te escuta.


E aí, meu amigo(a), não tenha dúvidas, você já entrou, a vaga e o mundo são seus!

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